E por falar em amor...

O coração pulsou ao seu primeiro chamado.
Parecia vibrar aquelas certezas que eu sempre sonhei.
E acreditei.
Meus olhos de estrelas (brilho do seu olhar),
Te fitaram e sorriram como quem diz sim
E o meu corpo, em plena sintonia a tudo o que vinha de você,
Desenhava no ar um encaixe tão certo como fosse premeditado por aquele meu sonho terno de amor.
E eu fui sua!
Na leveza da alma, na plenitude, na calma, e no berço das mais belas sentimentalidades
Que me fizeram renascer e flutuar nesse horizonte tão certo que é o seu mundo;
Par perfeito das minhas cores,
Harmonia singela de tudo que em nós é vida,
E sintonia eterna com minhas veias pulsantes de amor.
Em vermelho intenso!
Em verdade e brio, imensos!
E nessa fiel entrega que desconhece o caminho de findar.
 
À 'ele'...
Que amanhece numa cor vibrante em todos os meus dias.

Olhos em sol.

Hoje meus olhos te alcançaram num infinito calmo que eu sempre sonhei pra nós dois. E suas retinas me invadiram, úmidas e limpas, em meio à arrepios suaves e suspiros cálidos, que como um íma nos aproximava por dentro daquele amor.
Me fiz em mágica para o tempo parar e permanecermos ali, onde os nossos olhos em sol faziam um amor suave, nossas mãos trêmulas e saudosas percorriam a diformidade dos pêlos, e nossos lábios silentes, contornavam o sabor do desejo que pairava no ar.
Mais uma vez fui sua! Entregue a toda sua querência que me penetrava, dilacerando minhas vias de segredos para que você me desvendasse novamente e sorrisse o riso da nossa permanência em nós.
Como numa ligação vivaz! Naquele silêncio de uma distância certa para escutar sua pele me sussurando, e seus pensamentos me tocando na mesma sutileza de quando os seus lábios em mim perpetravam o amor.
A lua se pronunciou no céu e você me abraçou como quem sempre sabe amar. Suspirou minha calma e percorreu minha imensidão, totalmente fiel a quando a gente se amou.
E eu te senti tocando minha alma nua e beijando suas sentimentalidades guardadas incessantemente em mim. Eu te senti na pulsação (tão sua) das minhas veias naquela quietude de um instante que se vertia em para sempre. E te levei comigo, para voarmos além de qualquer espaço. Para que assim, majestosamente, e na suavidade plena dos nossos olhares, a gente possa se (re)encontrar.

Olhos fechados.

O coração explodiu ao seu chamado capcioso.
E numa inquietude deferida por seus instintos, meus sentidos (que naquele passado foram gris) lançaram faíscas nocivas ao meu olhar terno.
Você só sabia me doer. Você só conhecia os caminhos de não caber.
E eu passei a te desacreditar, e a perder-me dos sonhos que eu ousara sonhar.
Então voei por ares desconhecidos pela essência que desbrava meu peito. E entremeio tanta razão e coerência, saí um pouco de mim para que, sabida , meus olhos refletissem limpos ao te entender como destino incerto.
Precipício certo. Destoado por minhas doses límpidas de amor.
Mas silente questionei o que houvera explodido dentro do peito. O que aquele vento de suas ausências intempestivas acondicionado a sua volta repentina, sorrateiramente tentava desenhar.
Suplicou meu coração que os pensamentos se fossem...Junto com você, imperfeito encaixe para minhas sentimentalidades tão nuas.
Mas você me seguiu na tepidez que ainda te mantém vivo dentro de mim...
Então vêemente fechei a retina. E me fiz dona dos meus olhos, num caminho certo de viver sem te enxergar.

Espera

Tudo o que hoje for beijo, também será a minha boca vestida de seu sorriso.
Saudações gris e imaculados suspiros a tudo que se transforma em você
Das memórias que vêm sapientes ao seu gosto que se foi incerto...
Em tudo eu sei ser seu tom azul, quando meu sorriso compreendeu como alcançar-te
E me fazer assim bem nascida por viver você em qualquer vão deserto
Que de certo, ousei verter o mundo no nosso céu de vida inteira
E enfileirei todas as sentimentalidades pra te fazer entender:
Nossa vida funciona num tempo de dentro
E a minha pele, seu endereço, faz dessa espera um apego
Que ansia colher teus afetos, quando e sempre que eles me calam
Em todas as bocas que eu percorro para te encontrar.
E essa fuga rememora os pensamentos que eu insistir em desquerer
Mas eles me vêem na mesma intensidade que o tudo de nós dois
E eu aceito continuar na espera
Porque foi somente nos teus olhos que eu aprendi a sonhar
E reconheço que deles é impossível fugir.

Instante.

Eu senti a sua pulsação purificando meu peito. E suas veias se alternavam pelo meu corpo no caminho oposto daquela distãncia tão certa que eu projetei para você.
Eu quis fugir do seu olhar. Quis desquerer aquele seu corpo que suplicava meu encaixe.
Eu quis não enxergar mais você, reflexo do meu espelho.
Mas o amor chegou. E invadiu. E se firmou.
Como naquele sonho, em que as minhas sutilezas encobriam os dissabores. Era somente e sempre o seu gosto na minha pele e toda sua atmosfera desenhada por meus traços tão incertos.
Eu era na sua. Totalmente sua. Santa. Puta. Sacana. Insana
E menina. E amor.
Também para quando o destino despertasse aquele olhar quieto...
E no tempo em que eu disfarçava para não te aceitar tão intenso no meu mundo rabiscado de sonhos e amores em alusão, você se aproximava sem pensamentos ou coisa alguma de caber qualquer entendimento.
Aos poucos e sutilmente, você foi salivando-me enquanto eu, ainda inerte, suspirava seus desejos.
E foi na nudez de nossas almas destemidas e na brevidade de quem esquece do amanhã, que nos amamos... Eram rastros, passos, era o profundo de cada um. O vermelho do seu fôlego de menino e o seu êxtase na cor do fogo de macho me fazendo mulher.
Novamente e sempre, sua. Inteira e entorpecida de um querer além...
Onde houvera adormecido o onírico e alí, no cálice dos anseios, me banhava nas verdades que explodiam do seu corpo.
Num momento de ser real. Puro e natural. E de se entregar aos encantos e aos espaços ainda abertos por entre nós.
Que de certo, eu já não saberia ser para sempre, nem desejava pensar.
Bastava-me tão e somente, suspirar naquela felicidade que brotava das suas delicadezas...

Na dose certa.

Que seja vício, que seja tanto, insano. Que se perca, volte, reconheça. Que
seja intenso, imenso e meu. Também seja seu; na dose, euforia, e nostalgia. Das drogas um todo de amor e doses homeopáticas de dor, sem que seja letal. Por sob todos os olhos, viver a cura contra o mal.
E novamente o vício, do princípio, como num ciclo: profrano, profundo e sem fim.

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